Ontem, segunda feira de carnaval, ótimo programa para quem tirou essa data para descansar: ir ao cinema. Pra caprichar, bom mesmo assistir a um 3D concorrente ao Oscar. Eu, na verdade, não teria ido por nenhum dos motivos relacionados, mas um filme de Martin Scorsese é sempre um motivo principal. Não me decepcionou. A viagem por Paris do início do século XX, ainda mais em 3D, andar como num sonho pelas estações de trem, os relógios das torres, os bares e cafés, tudo foi maravilhoso. A história de um menino órfão cujo pai lhe deixou uma missão e o encontro do mesmo com o grande cineasta George Meliès é, ao mesmo tempo, pueril e apaixonante. Para quem estava sem fazer nada foi um achado esse programa. Acho que o cinema começa a ser reinventado, graças a Deus.
O filme de Scorsese, que se passa em Paris, tal qual o Meia-noite em Paris, de Woody Allen, recria a história misturando personagens e fatos reais e fictícios, num resgate da literatura e dos grandes mestres(do cinema, da literatura, das artes). Acho que esse é um bom caminho para o cinema, já que a TV e o pragmatismo tecnológico(a razão instrumental, de Habermas) mataram o interesse pelos livros e pela historicidade. Acho que esse filme fará tanto sucesso que dará espaço a muitos outros do gênero.
O livro A Invenção de Hugo Cabret( em português, pela SM Editora)é infanto-juvenil. Scorsese aproveita a ingenuidade do filme para nos mostrar uma época, um personagem esquecido, e fatos relacionados à criação do cinema. Com sua genialidade, consegue tudo isso.
Para onde o filme me transportou? Minha mãe tinha uma escola de datilografia. Sua primeira máquina está comigo. Imponente, preta, com suas teclas góticas, repousa em um canto de minha casa,surpreendentemente ao lado do playstation de meu filho, num contraste de época. Mas está estragada e suja, abandonada. O filme me incentivou a consertá-la. Hugo Cabret, o menino, perguntado por Izabelle, sua amiguinha, sobre sua função no mundo disse: to fix things. Eu vim para consertar coisas. Talvez todos nós tenhamos vindo para consertar coisas( que Deus fez errado? que Deus não soube como fazer? para criar as coisas e Deus?). As coisas não podem ficar sem conserto. Amanhã mesmo vou começar a consertar minha máquina.
O filme de Scorsese, que se passa em Paris, tal qual o Meia-noite em Paris, de Woody Allen, recria a história misturando personagens e fatos reais e fictícios, num resgate da literatura e dos grandes mestres(do cinema, da literatura, das artes). Acho que esse é um bom caminho para o cinema, já que a TV e o pragmatismo tecnológico(a razão instrumental, de Habermas) mataram o interesse pelos livros e pela historicidade. Acho que esse filme fará tanto sucesso que dará espaço a muitos outros do gênero.
O livro A Invenção de Hugo Cabret( em português, pela SM Editora)é infanto-juvenil. Scorsese aproveita a ingenuidade do filme para nos mostrar uma época, um personagem esquecido, e fatos relacionados à criação do cinema. Com sua genialidade, consegue tudo isso.
Para onde o filme me transportou? Minha mãe tinha uma escola de datilografia. Sua primeira máquina está comigo. Imponente, preta, com suas teclas góticas, repousa em um canto de minha casa,surpreendentemente ao lado do playstation de meu filho, num contraste de época. Mas está estragada e suja, abandonada. O filme me incentivou a consertá-la. Hugo Cabret, o menino, perguntado por Izabelle, sua amiguinha, sobre sua função no mundo disse: to fix things. Eu vim para consertar coisas. Talvez todos nós tenhamos vindo para consertar coisas( que Deus fez errado? que Deus não soube como fazer? para criar as coisas e Deus?). As coisas não podem ficar sem conserto. Amanhã mesmo vou começar a consertar minha máquina.
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