O DESAFIO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
Meu grande sonho profissional foi, por vários anos, ser um expert em educação sexual e implantar um modelo desta área no Brasil. Uma de minhas iniciativas mais ousadas foi trazer a Belo Horizonte os coordenadores do Programa Harimaguada, da Espanha, talvez o mais perfeito do mundo e lá também conhecer o programa. Minha decepção com o trabalho educacional foi muito grande. A principal delas: a incrível deficiência de formação profissional dos professores. A segunda maior: a incerteza de que o Estado, ou as escolas, ou os gestores, estivessem a fim de educação sexual. Pouco a pouco fui deixando meu sonho de lado até dedicar-me à sexologia clínica e abandonar a educação sexual.
Hoje vivemos um momento marcante em Belo Horizonte. É incrível a resistência dos professores, em greve há mais de cem dias, mesmo sem receber salário, e com a ameça(que considero grave) de contratação de 12.000 professores substitutos. Acho esta hipótese surrealista. Para mim não passa de um balão de ensaio, ou, se não for, me parece um autoritarismo dos tempos militares e que terá consequências dramáticas.
Hoje, no Brasil, as coisas estão chegando num limite, no que se refere à educação.
Se analisarmos os fatores estruturais, veremos que são muitos, mas vou ater-me apenas ao que considero o mais fundamental: o investimento no próprio professor da ESCOLA PÚBLICA.
Se pesquisarmos em países desenvolvidos(no primeiro time do Japão, Finlândia, Estados Unidos, Alemanha) vemos que a carreira de professor é altamente disputada. |Os melhores alunos são os que as desejam quando formados. Em alguns destes países, os professores de qualquer nível só podem exercer a profissão se forem mestres ou doutores. Os salários são tão bons quanto os das melhores profissões liberais. Os professores têm autonomia de trabalho.
O que vemos entre nós?
Os(As) alunos(as) de pedagogia ou são aqueles(aquelas) das classes mais pobres ou aqueles(aquelas) cujas notas estão entre as piores. Escolhem o curso, muitas vezes, por ser o mais fácil de passar. É menos concorrido porque são compatíveis com menores salários. Os professores tiveram cursos básicos tão ruins quanto seus alunos, são ruins em matemática, em gramática, literatura, etc... Tudo isso culmina em uma situação alarmante.
Os bons professores ou aqueles que fazem pós -graduação, mestrado e doutorado, vão para as escolas privadas ou para o exterior.
Agora estamos em uma encruzilhada. Nenhum país do mundo tornou-se desenvolvido com uma educação subdesenvolvida. O nosso desafio é enorme. É jogar tudo no chão e recomeçar a construir.
Será que conseguiremos?
Meu grande sonho profissional foi, por vários anos, ser um expert em educação sexual e implantar um modelo desta área no Brasil. Uma de minhas iniciativas mais ousadas foi trazer a Belo Horizonte os coordenadores do Programa Harimaguada, da Espanha, talvez o mais perfeito do mundo e lá também conhecer o programa. Minha decepção com o trabalho educacional foi muito grande. A principal delas: a incrível deficiência de formação profissional dos professores. A segunda maior: a incerteza de que o Estado, ou as escolas, ou os gestores, estivessem a fim de educação sexual. Pouco a pouco fui deixando meu sonho de lado até dedicar-me à sexologia clínica e abandonar a educação sexual.
Hoje vivemos um momento marcante em Belo Horizonte. É incrível a resistência dos professores, em greve há mais de cem dias, mesmo sem receber salário, e com a ameça(que considero grave) de contratação de 12.000 professores substitutos. Acho esta hipótese surrealista. Para mim não passa de um balão de ensaio, ou, se não for, me parece um autoritarismo dos tempos militares e que terá consequências dramáticas.
Hoje, no Brasil, as coisas estão chegando num limite, no que se refere à educação.
Se analisarmos os fatores estruturais, veremos que são muitos, mas vou ater-me apenas ao que considero o mais fundamental: o investimento no próprio professor da ESCOLA PÚBLICA.
Se pesquisarmos em países desenvolvidos(no primeiro time do Japão, Finlândia, Estados Unidos, Alemanha) vemos que a carreira de professor é altamente disputada. |Os melhores alunos são os que as desejam quando formados. Em alguns destes países, os professores de qualquer nível só podem exercer a profissão se forem mestres ou doutores. Os salários são tão bons quanto os das melhores profissões liberais. Os professores têm autonomia de trabalho.
O que vemos entre nós?
Os(As) alunos(as) de pedagogia ou são aqueles(aquelas) das classes mais pobres ou aqueles(aquelas) cujas notas estão entre as piores. Escolhem o curso, muitas vezes, por ser o mais fácil de passar. É menos concorrido porque são compatíveis com menores salários. Os professores tiveram cursos básicos tão ruins quanto seus alunos, são ruins em matemática, em gramática, literatura, etc... Tudo isso culmina em uma situação alarmante.
Os bons professores ou aqueles que fazem pós -graduação, mestrado e doutorado, vão para as escolas privadas ou para o exterior.
Agora estamos em uma encruzilhada. Nenhum país do mundo tornou-se desenvolvido com uma educação subdesenvolvida. O nosso desafio é enorme. É jogar tudo no chão e recomeçar a construir.
Será que conseguiremos?
QUE MERDA esse paisinho hein?QUAL futuro poderemos aguardar com esse presente tao nefasto?
ResponderExcluirOi Ramom,
ResponderExcluiradorei o Blog e adorei o texto que vc postou.Precisamos nos posicionar. è revoltante escutar os políticos dizendo de um investimento que só acontecerá no futuro. Pura hipocrisia.
Tenho uma observação a fazer sobre o text0:
acho que sua colocação sobre os alunos que procuram o curso de pedagogia é verdadeira , mas da maneira que coloca parece que pobreza e baixo desempenho escolar é "colado".H´muita coisa entre um e outro.Corre-se o risco de conectar :Pobre/baixo desempenho/burro.
um abraço,
Vanessa Fileto