Hoje, durante um jogo pela Copa da Inglaterra, o jogador Fabrice Muamba teve uma parada cardíaca. Fato cada vez mais comum(pelo menos uma vez por ano acontece) devido à grande competitividade do esporte hoje em dia, o que me chamou a atenção, além do choque que este tipo de problema provoca em todos, foi a forma como se comportaram os jogadores, árbitros, médicos, torcedores. O absoluto respeito, a consternação geral, o silêncio enquanto o jogador era atendido, a ética da TV em não mostrar a ressuscitação no gramado, o aplauso dos torcedores quando o juiz decretou o fim da partida aos 41 minutos do primeiro tempo, tudo me demonstrou o que é um país desenvolvido. Se assim nos comportarmos sempre, com absoluto respeito pela vida humana, pelo ser humano, pelos nossos limites e pelo sentido de amor ao próximo, quem sabe ainda teremos algum futuro nessa terra? Que esta lição sirva para nós, brasileiros. Não desejo que aconteça, mas já aconteceu com o jogador Serginho(lembram-se?); caso aconteça um dia entre nós, lembremo-nos de nossos irmãos ingleses e sejamos dignos da raça humana e que Deus ajude ao Fabrice Muamba.
Para os amantes da poesia Carlos Drummond de Andrade é um prato maravilhoso. Drummond é profundo, é enigmático, é incisivo. Seu ponto é exato, como a guitarra de George Harrison, a concisão de Machado de Assis(perdoem-me os exemplos tão díspares, mas foram os que me ocorreram nesse momento). Mesmo quando estamos diante de um suposto Drummond menor, somos surpreendidos. Vou dar um exemplo: encontra-se no livro A PAIXÃO MEDIDA, um dos que mais gosto. Leio o poema O SÁTIRO e o acho bobo, grosseiro, indigno de Drummond. Mas acontece que trabalho com violência sexual. Sou médico e atendo à mulheres em situação de violência sexual e doméstica todos os dias. De repente, o poema de Drummond soa como uma bomba para mim. Corro ao dicionário e a minha suspeita se personifica. É um poema simbólico, tem uma dimensão maior. Vou escrevê-lo abaixo e tentar explicar a dimensão que consigo ver nele. O SÁTIRO Carlos Drummond de Andrade(do livro A Paixão Medi
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