Os dois maiores romancistas da língua portuguesa viveram mais ou menos no mesmo período. Eça nasceu em 1845 e morreu em 1900. Publicou seu mais importante romance, os Maias, em 1888. Machado de Assis nasceu em 1839 e morreu em 1908. Houve alguma correspondência entre ambos, Machado fez as famosas críticas ao Primo Basílio e ao Crime do Padre Amaro, mas a não ser isso parece apenas que se respeitavam. Alguns relatos lendários dão conta de que Eça sabia de cor o "delírio" de Bras Cubas e o recitava a seus amigos em Paris. O certo é que Machado parecia se achar "superior" a Eça, mas quando Eça morreu ele escreveu que perdíamos " o melhor de todos".
Ambos eram críticos mordazes da sociedade em que viviam e além de geniais autores escreviam de forma bem diferente.
Eça era linear, escrevia num estilo ascendente, seus romances eram daqueles que não se pode parar de ler, com enredos surpreendentes e espetaculares. Sua leitura era fluida, suas frases não tinham um estilo definido. Digamos que o estilo de Eça era: objetivo.
Quanto a Machado sua marca era a subjetividade. Enquanto Eça, a meu ver, jamais abandonou sua origem romântica, Machado se tornou absolutamente realista. Seus livros não seguem em linha reta. Se pararmos de ler podemos perder o fio da meada. Frequentemente encontramos mais de um enredo no mesmo livro. A filosofia é um tema muito mais recorrente em Machado do que em Eça, o que o faz parecer mais profundo. É mais fácil ler Eça do que Machado.
Sejam quais forem as diferenças(e semelhanças) é imprescindível conhecê-los. Eles fazem parte do patrimônio de nossa língua portuguesa. São nossos e devemos nos orgulhar deles.
Ambos eram críticos mordazes da sociedade em que viviam e além de geniais autores escreviam de forma bem diferente.
Eça era linear, escrevia num estilo ascendente, seus romances eram daqueles que não se pode parar de ler, com enredos surpreendentes e espetaculares. Sua leitura era fluida, suas frases não tinham um estilo definido. Digamos que o estilo de Eça era: objetivo.
Quanto a Machado sua marca era a subjetividade. Enquanto Eça, a meu ver, jamais abandonou sua origem romântica, Machado se tornou absolutamente realista. Seus livros não seguem em linha reta. Se pararmos de ler podemos perder o fio da meada. Frequentemente encontramos mais de um enredo no mesmo livro. A filosofia é um tema muito mais recorrente em Machado do que em Eça, o que o faz parecer mais profundo. É mais fácil ler Eça do que Machado.
Sejam quais forem as diferenças(e semelhanças) é imprescindível conhecê-los. Eles fazem parte do patrimônio de nossa língua portuguesa. São nossos e devemos nos orgulhar deles.
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